quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Torresmo Nº 10


Editorial


Área de lazer da Pousada, onde aconteceu a Festa dos Lico

Há mais de dois anos estamos fora do ar. Setembro de 2015, “Torresmo – é Torres mesmo” nº 9 foi nossa última publicação.
Com a aproximação de um novo encontro da família em 2018 é preciso azeitar a máquina e animar a galera.
As reuniões da comissão dos representantes dos ramos do tronco Antero Torres, agora ampliada para os ramos do Coronel Torres estão acontecendo. Ainda pouco aceleradas, com poucos representantes, excetuando os pontas firmes aqui nomeados: Paulo do Ilo, ramo Lico; Nilzinha e Maria Luiza do ramo Niso; Benício e Antero Balder (coordenador) do ramo Fão; Ivan e Lúcia do ramo Inês.
Em uma das primeiras reuniões dessa safra, Patrícia, filha do Er, filho do Antônio/Tonico Torres e Bebel, filha da Ita, filha de Sinfrônio Torres participaram, mas não voltaram.
Marilene, filha da Zezé, filha do Jair Miranda, do ramo Presciliana Torres de Miranda já confirmou presença de quatro pessoas no encontro de 2018. Foi a primeira.
Ficando definido o Clube do Churrasqueiro como local do encontro, Antero Balder, depois de entrar em contato com a empresa, apresentou orçamentos e prazos de reserva e pagamento.

ADULTO ............................................................................ R$ 110,00
CRIANÇA DE 8 A 12 ANOS ................................................... R$   50,00
CRIANÇA MENOR DE 7 ANOS ........................................... NÃO PAG
Esses valores poderão ser pagos em parcelas, desde que 50% sejam pagos até 18 de maio de 2018, como confirmação da reserva do espaço. O restante deverá ser pago ao Clube do Churrasqueiro, até 15 de junho de 2018.  ........... (clique aqui para ver a proposta)
Os depósitos identificados deverão ser feios no Banco Santander (033), Agência1747 – Conta Poupança 60.000803-8, em nome de Antero Balder Torres – CPF 275.548.056-49.
Os representantes de cada ramo da família precisam colaborar com o controle da identificação dos depósitos efetuados pelos seus representados.
Esta é uma fase crucial para tocar a empreitada: aceitamos o orçamento? Quantos irão?
Sem o meio de campo dos representantes de todos os ramos da nossa frondosa árvore fica difícil responder a essas perguntas.
O Torresmo faz um apelo para não deixarmos apagar essa memória. Suas mudas ou ramos formaram capoeiras, mas podemos agregar todas as capoeiras e formar uma floresta.

Vamos sair desse impasse! O Torresmo tem endereço, os representantes têm endereços que estão publicados em outra coluna do blog. Através desses endereços respondam nossas perguntas. Dêem sugestões alternativas. ...........  (clique aqui)
Veja só, antes mesmo de o Torresmo ser publicado já apareceu uma sugestão: repetir o esquema da festa dos Lico, contratando um ônibus para fazer o transporte de bate/volta.  
TUDO PELO ENCONTRO EM 2018!

A Festa dos Licos pode ser um incentivo para nós. Com o material enviado por alguns de seus organizadores - Eva, Etevaldo e Zenaide, mais as fotos enviadas pelo Ivan, o Torresmo informa como foi a festa.

Encontro dos Licos

Começamos a ter conhecimento da Festa dos Lico em abril deste ano de 2017.  Paulo, filho do Ilo e neto do Lico, em reunião da comissão do Encontro Geral de 2018 informou a data, o local e a forma de pagamento das despesas: reserva de hospedagem por cabeça por conta de quem aderisse.
O local escolhido foi uma pousada na serra da Moeda e a data 19 e 20 de agosto.
Tudo perfeitamente lindo: a pousada, a serra cheia de árvores floridas, os dias muito azuis, uma turma pra lá de animada e acolhedora composta de idosos, jovens e crianças.
A grande descendência do Lico lá estava, quase em peso se apresentando, comendo e bebendo, conversando, brincando, nadando, jogando, dando graças a Deus.
Fora a descendência do Lico alguns primos: Ivan e Lúcia da Inês; da parte do Niso, duas filhas, Edna e Maria Luiza, e duas netas, Solange e Júnia.
A turma do Niso chegou ao sábado para almoçar e passar a tarde.
Acabado o almoço era hora das apresentações dos núcleos familiares. E lá vai história, com momentos emocionantes: a fala encantadora da pequerrucha neta do Luli, totalmente fluente e desinibida; a subida ao palco de todos os sobrinhos da Zenóbia quando de sua apresentação; a apresentação do “novo” filho do Lico – setentão - José Maria, descoberto em Bambuí, no dia do enterro da Anália.
Os e-mail gentilmente enviados pela Eva, Etevaldo e Zenaide, que tomo a liberdade de publicar em seguida, dão conta da programação e das orações pronunciadas.  


“Caríssima Prima Maria Luiza”,

“Etevaldo e Zenaide me pediram para responder seu email. Disseram que estão "apertados" (probleminhas de saúde dos dois).
Veja prima, uma das primeiras coisas que decidimos, e que foi muito importante foi cada um assumir sua reserva no hotel, pagar a porcentagem inicial sem precisar da interferência de ninguém. De vez em quando o hotel informava o número de pessoas  que tinham feito reserva.
Vou transcrever a programação, que nem foi respeitada à risca.”
SÁBADO
Chegada/acomodação
12h00 - Almoço
14h30 - Apresentação dos núcleos familiares; mensagem de boas vindas; CANTO (Paródia).   ...........  (clique aqui para visualizar)


16h00 - Gincana de entrosamento
17h00 - Bate papo Livre.
19h00 às 21h00 - Jantar
Tempo livre, Jogos, Violão/cantoria.  Bingo.

DOMINGO
07h00às 09h00 - Café da manhã
09h30 - Celebração ao ar livre: Louvor ao Criador e às suas Criaturas. ........... (clique aqui para visualizar)
12h00 às 14h00 - Almoço.
A partir das 14h30 acerto das contas e saída.

“Alguns comentários que faço: nós tínhamos uma motivação especial, pois estávamos recebendo pela primeira vez entre nós, nosso "novo" irmão Zé Maria. Era uma alegria à parte.
Vocês participaram no sábado do momento de apresentação dos núcleos e da gincana. No entanto me parece que o que marcou mais foi a oração no domingo.
Foi quase toda espontânea, e o povo lavou a alma, chorou, lembrou os ausentes, um momento inesquecível. Se achar a copia aqui, vou enviar a você.
Apenas o roteiro porque o momento foi indescritível!
Fizemos cartazes de acolhida que também gostaram
Foi isso. A gente se fala mais quando quiser. Um enorme beijo pra você e a Maninha,
Eva”


“Prima Maria Luiza:
Já vamos mandando o que vamos lembrando e você vai juntando aí.
Vai em anexo a música que adaptamos.
Abraços!
Etevaldo e Zenaide”

Com imagens tudo fica mais real


Mozart, Ivan, Maria Augusta
Edi, Nádia, Ivan, Rosana e Maria Augusta
Mozart, Ilo, Paulinho, Zenaide, Zenóbio, Margareth

Kaká, Der, Ivan, Toninha, Ada, Cristiane

Apresentação do núcleo do Og: Maria, Rui, Toninha e outros

Apresentação do núcleo do Tel: Edi, Emi, Eni, Evi e outros

Apresentação  do núcleo do Ilo: Margareth, Paulinho, Ana Maria, Mozart, Breno e outros

Apresentação  do núcleo do Vaz:  Diana ao microfone e outros

Apresentação do núcleo de Der: Nádia, Der, Íris, Gabriel, Fabiana

Apresentação do núcleo do Múcio: apenas a  Kaká

Apresentação do núcleo da Anália: Kênia, Xênia e os maridos

Eva recepciona representantes do Niso: Júnia e Edna

Ilo muito sério recebe o abraço da Edna

Edna e Ilo. Ao fundo Paulinho, Maria Luiza e Flávio

Apresentação do núcleo do Euríalo: Zailde, Euríalo, Euza e o marido

Apresentação do núcleo da Eva: a alegria da Eva falando sobre a família. Estão aí Cybele, Carlinhos, Flávio, as gêmeas e outros

Apresentação do núcleo de Zenóbia:  todos os sobrinho subiram

Apresentação do núcleo de José Maria: o grande encontro dele, Sônia e a filha com a família

Apresentação do núcleo da Zélia, com o marido Matheus, filhos e netos

Apresentação do núcleo de Zenaide: com o marido Etevaldo, filhos e netos

Apresentação do núcleo de Luli: com Volanda, filhos e netos

A platéia assiste atenta a gincana: Lorayne, Volanda, Matheus, Júnia, Edna, Paulinho, Ilo, Solange

Ilo, Der assistem as gincanas

Maria Luiza e Ivan trocam idéias

Plural:

Falecimentos
É mais que certo que sempre haverá perdas e é sempre tão doloroso. O sentimento de família que persiste e nos une está presente também nos momentos de tristeza. As perdas nos entristecem.
O Torresmo apresenta uma interpretação desse sentimento inevitável, citando o poema de Maria Lúcia Torres, filha do Niso, inspirado no poeta Calderon de la Barca: “La vida es sueño”

A morte é sonho
Ou pode ser
Ela talvez
Grande regaço
Tecido com o fio dos meus sonhos.

Nossos parentes que se foram são:

Anália Rodrigues Torres de Lima, filha do tio Lico, em 01/03/2017, aos 80 anos.
Ricardo Torres, filho do tio Wilson Torres, em 08/06/2017, aos 67 anos.
Miriam Vilar de Miranda, filha de Jair Miranda, filho de Presciliana Torres de Miranda, em  14/06/2017, aos 90 anos.
Evandro Torres, filho do tio Wilson Torres, em 10/08/2017, aos 68 anos.
Múcio Rogério Osório Mendes, irmão de Alda, esposa de Niso Torres, em 14/10/2017, aos 87 anos.

Anália Rodrigues Torres de Lima
Miriam Vilar de Miranda
Múcio Rogério Ozório Mendes





Patrícia também tem gêmeas

Serão estas: Domila e Leila? Lêda e Luci?
O Torresmo nº 2, de 2012 publicou uma matéria com o título “Essa família tem muitos gêmeos”, fazendo o inventário dos que foram lembrados. Essa história rendeu. Capelinha acrescentou os seus netos, um casal, no Torresmo nº 3. Em outubro de 2016 o Torresmo recebeu mais um comunicado informando:
“Eu Patrícia Freitas bisneta de Presciliana Torres de Miranda, tive dois pares de gêmeas: Domila e Leila (1988) e Lêda e Luci (1993).” 



Próximo número: Mozart Torres e Rodrigo Torres

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Torresmo Nº 9

Dados pessoais de Sinfrônio Torres


Nasceu em Bambuí, filho de Antônio José Torres (Cel. Torres) e Isabel Inácia de Oliveira Torres.
Casado com Maria Magalhães Torres, tiveram 9 filhos.
Foi estudar em Ouro Preto e voltou a Bambuí com vinte anos de idade, em 1915, com o diploma de farmacêutico.
Trazia consigo a fama de grande jogador de futebol, apelidado Romão. Disputado por times da Capital prefere voltar para a sua cidadezinha natal, a querida Bambuí.
Nela montou sua Farmácia.
De início, duas iniciativas marcaram sua atuação na comunidade: fundou um time de futebol que se tornou famoso em todo Oeste de Minas e famosa a pequena cidade de Bambuí.
Organizou e presidiu a banda de música "Santa Cecília" comandada pelo excepcional Maestro Juvêncio Lopes.
Em 1936, foi eleito pela Câmara Municipal Prefeito de Bambuí, confirmado pelo então Governador do Estado de Minas Gerais, Benedito Valadares Ribeiro, tendo exercido o mandato até 1945. Foram nove anos de profícuo trabalho, destacando-se as principais realizações: rede de esgoto da cidade, Usina Hidro elétrica do Samburá, estádio de futebol, matadouro municipal, calçamento de ruas, recuperação de estradas e pontes na zona rural.
Conseguiu, do Governo Federal, autorização para implantação de uma usina de açúcar no então distrito de Tapiraí, hoje emancipada.
Teve ainda uma importante atuação na comissão de racionamento de sal, açúcar e gasolina, implantado na ocasião da Segunda Guerra Mundial. E manteve a cidade livre do Cambio Negro.
Faleceu em 20 de setembro de 1959 e descansa em paz no Cemitério local, no jazigo da sua família.




Belo Horizonte, 04 de novembro de 2006.
Ita Torres Chaves
(Dados fornecidos pelo Dr. Ney Torres)
Maria Magalhães Torres
Zizinha

Edna Torres



Data de nascimento: 02-11-1897.
Data de falecimento: 31-08-1989
Filiação: Major Sebastião José de Magalhães
              Dona Ana Maria de Oliveira


D. Zizinha, como era mais conhecida, ficou órfã de mãe muito criança.
Ela contava que, quando seu pai, Sebastião Magalhães, vendeu a fazenda Boa Vista, de sua propriedade, nos arredores de Bambuí precisou da assinatura dela. Como era muito pequena, ela teve que subir em um banquinho para alcançar aquele grande livro do Cartório. 
O comprador foi o Sr. João Batista de Carvalho. 
A fazenda ficava localizada à beira da estrada que levava à região da Ponte Alta. Terras férteis, próprias para invernar bois.
Zizinha foi crescendo, amparada pelo pai e também pela segunda esposa deste, D. Sinhaninha, que lhe ensinava os afazeres de uma boa esposa e dona de casa. 
Moça muito bonita, Sinfrônio Torres, farmacêutico recém-formado em Ouro Preto, encantou-se com ela. 
Casaram-se, tiveram nove filhos, sendo sete homens e duas mulheres.
Mãe zelosa e carinhosa queria que eles estivessem sempre junto dela. E todos tinham por ela, não só o respeito que todo filho tem pela mãe. Mas, quase posso dizer, verdadeira adoração.
Como esposa, ela contava que o marido, prefeito da cidade, recebia em casa, regularmente, pessoas ilustres, autoridades. Ela, sempre solícita, queria pedir às amigas, baixelas mais sofisticadas do que aquelas que tinha em casa, mas ele dizia que receberia com o de melhor que ela tivesse, mas que fosse dela mesma.
Vestia-se com sobriedade, sempre muito bonita, sem exageros da moda.
Desdobrava-se em suas tarefas de mãe de família numerosa, tinha sempre a mesa farta: roscas, bolo e pão de ló, biscoitos, broas e pães de queijo, doces os mais diversos.
Encontrava tempo para ajudar o marido no trabalho da farmácia; era ela quem manipulava a fórmula da famosa "Cútis Bela", das pomadas e dos remédios que aliviavam as dores dos hansenianos que viviam no Sanatório São Francisco de Assis há poucos quilômetros da cidade.
Lembro-me bem de quando passeávamos juntas no terreiro de sua casa; com que orgulho ela me mostrava a horta cheia de verduras, de folhas para chás, os mamoeiros sempre plantados na beirada das cercas para que os animais domésticos não os estragassem.
Era uma pessoa tranquila que só queria o bem estar de toda a família; exemplo de esposa, mãe e dona de casa. 
Os que tiveram a ventura de conhecê-la hão de concordar comigo.
Em retribuição, valem as palavras da Marcolina, sua empregada uma vida inteira:


-"A D. Zizinha parece Nossa Senhora no andor".   
Por questão de espaço a Árvore Genealógica da família, no belo trabalho de composição da Betinha, com reflexões sobre a instituição família e sobre “a família Sinfrônio/Zizinha” que foi publicado no Youtube.



Encontro dos Descendentes de Zizinha e 

Sinfrônio Torres, em 01-08-2015

Edna torres






O encontro da família foi uma oportunidade para estreitarmos os laços afetivos que nos unem, não só para nos revermos e avivarmos lembranças do passado. Mas também para afirmação dos valores que recebemos e transmitimos aos nossos.
Foi importante para que toda a família ficasse conhecendo os pequenos, tão lindos, promessas de continuação da união da família Zizinha e Sinfrônio Torres. Da turma da Maria do Carmo e Ney, as pequeninas do Cadu , Ana Beatriz e Manuela. Do Paulo, Ana e Clara.
Da família da Ita e do Otto, a fofura do Antônio, filho do Thiago.
Da turma do Irê a novidade do Davi e do Lucas, netos da Márcia e a doçura da Nina, neta do Antônio Carlos.
Foi importante ver que as crianças com as quais nos deliciamos há pouco tempo, já se tornaram jovens, cheios de vida, já firmando seu lugar na sociedade.
Foi importante ainda, constatar que os jovens que há pouco tempo nos encheram de encantamento são hoje pessoas maduras, com posições sólidas, capazes de se impor pelo exemplo e sabedoria. Como o Gustavo, que se posicionou com voz firme e clara, para todos os presentes, dando seu testemunho de cidadania.
Como o Edmar, que afirmando a importância de Bambuí na constituição da família, nos convida a todos a continuar a nos encontrarmos e a não nos esquecermos do lugar de onde viemos. 
Foi importante para mim e penso que também para o Ibá saber que “tudo deu bom, colheita farta” e recebermos o carinho, a atenção, o amor de todos. Tudo isso são pérolas que recolhemos em nosso tesouro.
Houve momentos especiais:
A sala de recordações, com fotos, cartas, objetos que pertenceram à Zizinha, Sinfrônio e seus filhos. Entre as fotos de tanta gente tão querida, o casal ainda jovem! Também uma foto de tia Dica (Catarina), irmã de Sinfrônio, rodeada de filhos, genros e noras, carregando ao colo o neto Geraldo, filho do Hélio Torres, no dia do seu batizado, como outras fotos apresentadas por Otto Henrique, filho da Ita e Otto Chaves.
Gabriel, filho da Eunice e Irê, presenteou a cada família com um queijo Canastra. O pessoal adorou e os queijinhos foram disputados!
Houve o indispensável jogo de truco, distração preferida de grande parte da família, desde o tempo de Zizinha e Sinfrônio.
Somou-se à cerveja “no ponto”, uma boa cachacinha, servida pelo Rúbio, marido da Helga, filha de Ita e Otto e os deliciosos quitutes e almoço, organizado por Bebel e Margareth, a quem muito agradecemos terem tomado frente na organização primorosa.
Foi muito bom ouvir os filhos falarem a respeito de seus pais. Também depoimentos emocionantes, entrecortados de risos dos sobrinhos, enriquecendo a memória dos tios.
Sobre Baújo e Olo, falaram o Otto Henrique e o Gustavo e disseram coisas lindas. Muitos outros colaboraram para fazer o perfil dessas pessoas adoráveis.
Sobre a Isa. A Inês, esposa do Otto Henrique, contou fatos importantes e a Betinha completou o perfil daquela pessoa ímpar.
 As filhas do Li, Gorete e Ternise, curtiram muito as fotos do pai. E foram presenteadas com elas.
Importante também os momentos dos registros fotográficos do encontro, em grupos das famílias ou de gerações que ilustram esse número do “Torresmo: é Torres mesmo”.
Enfim, a festa foi tão boa que todos se puseram de acordo para fazer o Segundo Encontro em Bambuí, aceitando o convite feito por Gabriel e Edmar, em julho de 2016.
Vamos lá minha gente querida!
No exercício da política local

Consultando as publicações de Lucy Costa e Fernandes Pinto e de Lindiomar J. Silva foram encontradas referências da atuação política de Sinfrônio Torres e alguns de seus pronunciamentos públicos, que seguramente são de interesse de seus descendentes. A primeira referência é do livro “Bambuí nas Trilhas da Picada de Goiaz” de Lindiomar J. Silva.

“Com a revolução de 1930, os prefeitos passaram a ser nomeados. Valendo-se da amizade que nutriam com o Governador do Estado Olegário Maciel, os Torres são nomeados.  Sinfrônio Torres administrou o município em dois períodos: de  01-09-36 a 13-04-45 e de 14-02-46 a 13-04-46.”

Um testemunho da violenta rivalidade da política local na época da Revolução de 1930 é o depoimento extraído do livro “Bambuí... Nossa Terra, Nossa Gente” de Lucy Costa e Fernandes Pinto, que vem a seguir:
           
Exemplar do ECO no período em que foi Diretor. Getúlio C, Vidigal
“... Outro jornal criado pelos Torres (Sinfrônio e Antero) foi o ECO, entre 1929 e 1930. A redação do jornal sofreu um atentado, logo após a revolução de outubro de 1930. Getúlio de Castro Vidigal, um gráfico que trabalhou no jornal relata o atentado:”
“... Em seguida, voltei para Belo Horizonte onde trabalhava em oficinas de jornais como suplente; era uma luta para conseguir emprego na capital. Certa noite quando entrava no antigo Cine Glória, em 1929, um colega de profissão falou-me que um Senhor de Bambuí, que se achava no hotel, estava procurando um tipógrafo para trabalhar na oficina de um jornal que estava sendo montado naquela cidade. Tratava-se de um jornal novo e político. Imediatamente fui ao Hotel e encontrei o Sr. Sinfrônio Torres, apresentando-me e prontificando a seguir para Bambuí. Chegando àquela cidade fui muito bem recebido pelo Sr. Sinfrônio, sua família, seus irmãos, Dr. Antero Torres, advogado e pelo Dr. Antônio Torres, médico muito estimado e outros familiares. Nesta altura, expliquei a eles que era um rapaz pobre, de família em dificuldade, em Piranga, que não tinha inclinação política e que minha missão ali era somente trabalhar em confecção do jornal. Assim, deram-me um tratamento extraordinário, por parte do Sr. Sinfrônio como de sua digna esposa e filhos.
Foi editado então o jornal ‘O Eco’, escrito e dirigido pelos Srs. Torres. A campanha política para Presidente da República, de um lado Júlio Prestes e do outro Getúlio Vargas já se achava em grande e desenfreada disputa, às vezes com ânimos exaltados e complicados. Como já disse, não tomava conhecimento nos assuntos políticos, tratava a todos de Bambuí com simpatia e amizade. Era esportista, tomava parte, junto com os rapazes das serenatas e dos passeios, acampamentos e partidas de futebol. Com o passar dos dias e meses, já em outubro, véspera de eleições para Presidente da República, como disse, o candidato Júlio Prestes era apoiado pelo Presidente Washington Luís e do outro, Getúlio Vargas apoiado pelo governador Antônio Carlos, de Minas Gerais. Até que em outubro de 1930 houve a revolução e como em outros lugares teve terríveis confrontações, entre os partidários e partidos. Dias antes eu já não saía de casa, receoso de complicações, muito embora, como sempre dizia nada tinha com a política local, minha terra era Piranga e minha família ali morava.
Um amigo de verdade, companheiro de esporte e noites de serenatas, do partido adversário dos Torres, avisou-me que estavam falando naquele dia, que destruiriam a oficina do jornal ‘O ECO’. Diante disso guardei o que foi possível do material da tipografia; escondi os tipos tipográficos novos adquiridos, os rolos da máquina impressora, papéis e outros. Só deixei uma máquina velha que nada valia, tipos tipográficos imprestáveis e alguns papéis velhos sem nenhum valor.
Uma noite, os desordeiros, mandados naturalmente pelo chefe do partido contrário, invadiram o prédio da oficina do jornal ‘O ECO’, e destruíram e queimaram na rua, em frente ao prédio, a oficina do jornal. Só que não sabiam que eram materiais e máquinas que não eram valorizadas. Eu voltei para minha terra, Piranga, onde fiquei por alguns dias. Quis voltar para Bambuí; encontrei diversos pedidos para não ir, mas o destino sempre é caprichoso, minha família implorava para ficar, mas acabei voltando e sempre bem recebido pelo Sr. Sinfrônio Torres e sua família, cujos filhos eram admiráveis e amigos. Hoje sinto o falecimento deste cidadão que foi Sinfrônio Torres, homem de bem, honesto e trabalhador.
A política é isso. Infelizmente as rivalidades não acabam.
Quando retornei a Bambuí, em 1931, a política havia mudado. Os Torres comandavam a chefia da política local. Por isso o jornal ‘O ECO’, voltou a circular, mas com outros responsáveis.
A oficina foi restabelecida. Como disse, eu guardei as principais peças da máquina impressora e dos tipos tipográficos necessários. Algumas peças da máquina impressora danificadas pelos desordeiros, na infeliz noite de 30 de outubro de 1930, foram reparadas pelo excelente mecânico Joaquim Nativo e, dias após, o jornal ‘O ECO’ editava o seu trigésimo número.
Na oficina do jornal foi impresso um jornal crítico ‘O CAPETA’, dirigido por um bancário muito estimado. Além disso, a oficina imprimia programas de cinema, cartões de visita e outros...
Ass. Getúlio de Castro Vidigal”
Passada a turbulência do período, a condução política do município passou por uma fase de pacificação claramente expressada no discurso de posse do novo prefeito, Sinfrônio Torres, extraído do livro “Bambuí nas Trilhas da Picada de Goiaz” de Lindiomar J. Silva
 “... Tudo que para o engrandecimento material e moral da coletividade bambuiense e para o bem estar de nosso povo vós aprovareis resolver nas vossas reuniões (dos vereadores) será executado por este que na vossa bondosa e leal resolução acabam de me investir como guia da administração municipal. A amizade que me liga a todos vós só pode servir, estou certo, para alcançar aquele desideratum e confiado neste vosso sentimento de compreensão dos deveres e no vosso incendrado amor a causa pública e no grande desejo de ver sempre Bambuy se elevar cada vez mais é que me anima a partilhar convosco da grande responsabilidade que em vossos hombros colocou esta unânime manifestação do povo, traduzida pelo desejo de ver a continuidade da mesma orientação administrativa o que até hoje vem sendo esta obra cyclopica que acaba de realizar o vosso irmão, na sua fecunda e honesta administração. E este povo bom, ora sofrendo, ora sorrindo, está ele alegre, satisfeito e confiante na nossa administração. Continuar esta política de paz e tolerância para sua tranquilidade e bem estar é obra que não devemos deixar de fazer se quisermos cumprir nosso dever.”
A mesma fonte faz referências às realizações da administração de Sinfrônio Torres, como prefeito.
“Dando sequência à administração anterior – de Antônio Torres – impulsionou com energia os destinos do município. Coube a ele a implantação do serviço de esgotos sanitários – benefício raramente encontrado mesmo em centros mais avançados - e a construção da Usina Hidrelétrica do Samburá, mais potente que a primeira. Foi ele também o responsável pela construção do matadouro. Durante seu governo, Bambuí recebeu, pela primeira vez, a visita do Governador do Estado. Em fevereiro de 1944, aqui esteve Benedito Valadares para lançamento da pedra fundamental da construção do Sanatório São Francisco de Assis.”
Também no livro “Bambuí ... Nossa Terra, Nossa Gente” de Lucy Costa e Fernandes Pinto encontra-se outra referência ao mesmo tema.
Testemunha Ocular da História, por Vicente Paulo Dias. Extraído da Folha de Bambuí, 10 de julho de 1986: Super administrador, veio Sinfrônio Torres, com estradas para todas as cidades vizinhas e a grande usina do Samburá. Grande obra. Outra grande obra de sua administração foi a da rede de esgoto, que serve Bambuí até hoje.”


Lindiomar J. Silva faz referência à atuação do então prefeito Sinfrônio Torres durante a Segunda Guerra Mundial:

“No último período do governo de Sinfrônio Torres, o mundo sofria os horrores da Segunda Guerra. Ele, então participou da comissão que cuidava do racionamento do sal, açúcar e gasolina e manteve a cidade livre do câmbio negro”.
No volume II do livro “Bambuí... Nossa terra, Nossa Gente” de Lucy Costa e Fernandes Pinto encontra-se o discurso comemorativo do fim da Segunda Guerra Mundial, pronunciado pelo então prefeito de Bambuí, Sinfrônio Torres, em maio de 1945.
“Bambuienses,
Hoje, data consagrada à comemoração da vitória dos povos livres contra a tirania, é duplamente festiva. 1º - Pela confirmação do axioma divino, que no mundo deve prevalecer a força do direito e nunca o direito da força. 2º - Pela glória de contarmos entre os propugnadores por esta vitória do direito sobre a força, nossos patrícios.
Estes nossos legionários, bambuienses, filhos de nossas principais famílias, são, e serão sempre, nossos padrões de patriotismo. Seus nomes terão, nos faustos de nossa historia, o lugar consagrado aos nossos heróis. Eles aqui estarão dentro em breve e então teremos para todos eles, e para cada um em particular, o nosso carinhoso reconhecimento e nossa acolhedora consagração.

Em nome do município proclamo-os filhos beneméritos de Bambuí e tomarei as providências para mandar figurar os seus retratos na galeria de honra da prefeitura.
Esta homenagem, a estes nossos filhos, estou certo representará a vontade e o sentir de todos.
É com a alma transbordando de orgulho e o coração cheio de imenso entusiasmo que vos conclamo a lançar a nossa veemente e vibrante aclamação aos grandes chefes aliados:Churchill, o grande entre os grandes. A figura máscula da resistência. À memória de Rooselvet, o paladino da liberdade e herói das Américas. À Stalin, o grande Leão Vermelho, o maior entre os maiores.
Ao General Gaspar Dutra, o organizador do nosso corpo expedicionário e finalmente ao emérito presidente Vargas, figura ímpar no cenário nacional e guia insuperável do nosso destino, até essa grande hora em que nos é dado vir nesta linda noite de maio, sentir o calor uníssono de nossos sentimentos pela mesma vibração, única, o mesmo ritmo patriótico de nosso coração, cheios de fé e calor e a mesma sensação grandiosa da hora que passa para a história, como uma maior e a mais desejada de todos nós.
É para eles, pois, que vos peço acompanhar-me numa saudação vibrante e calorosa.





Viva o grande libertador, o heroico Churchill!
Viva o Presidente Roosevelt!
Viva o impávido Stalin!
Viva o valoroso General Gaspar Dutra!
Viva nosso querido Presidente Vargas!
Viva as Nações Unidas!
Viva o Brasil!
Viva os nossos legionários!”




Extrato colhido no volume I da publicação “Bambuí... Nossa Terra, Nossa Gente” de Lucy Costa e Fernandes Pinto:
A Associação Esportiva Bambuiense (AEB) por Elias Saad - Fundada em 16 de abril de 1939, por um grupo de entusiastas do esporte, as primeiras partidas da AEB eram realizadas no “Campinho Vermelho”, atrás da Estação Ferroviária, até que Sinfrônio Torres, como Prefeito, construiu um campo de futebol e a AEB passou a jogar aí. O campo era municipal. Em 1958, a Câmara Municipal aprovou a doação do Estádio à Associação Esportiva Bambuiense. Em homenagem ao seu construtor o Estádio recebeu o nome de Sinfrônio Torres, numa justa homenagem”.
Extrato do livro “Bambuí nas trilhas da Picada de Goiaz” de Lindiomar J. Silva:
“... Antes de ser prefeito, por volta de 1915, Sinfrônio Torres criou o Bambuy Footbol Club, time pelo qual atuava com o apelido de Romão”.

Coronel Torres

Com dados extraídos do livro da Lucy Costa e Fernandes Pinto (colaboração de Edna Torres) e do livro do Lindiomar J. Silva
Antônio José Torres – pai de Sinfrônio Torres – nasceu em 1837, em Bom Despacho, filho do Capitão Mor Manoel José Torres e Catharina Benedita de Senna.
Depois da morte de seus pais – 1852 e 1853, respectivamente – mudou-se para Bambuy, a convite do Coronel Chaves.
Era casado com Dona Maria Jacyntha d’Annunciação e já tinham três filhos pequenos, quando se mudaram: Regina, Salatiel e Hermógenes. Nasceram aqui seus outros filhos: Sinfrônio, Laurinda, Maria Salomé, Presciliana, Windlin, Antero, Maria e Amélia.
Ficando viúvo aos 55 anos de idade, casou-se em segundas núpcias com Dona Isabel Ignácia de Oliveira, natural da Vila de Abadia, município de Formiga, em 27-08-1889. Nasceram desse casamento três filhos: Antônio, Catarina e Sinfrônio.
Dentre todos os seus filhos alguns morreram ainda crianças, outros solteiros, algumas filhas se casaram com rapazes de outras cidades e se mudaram. O Sinfrônio, do primeiro casamento era padre e faleceu no Rio de Janeiro de febre amarela, antes do nascimento do Sinfrônio do segundo casamento.
Preocupado com a educação dos filhos mandou os moços e as moças estudarem em colégios de padres e freiras. Uma delas – a Laurinda – seguiu o exemplo das mestras e se fez freira: Irmã Natália.
Antônio José Torres era comerciante, exercia o ofício de alfaiate e, nas horas de lazer, como artista exímio, tocava rabeca.
A primeira eleição na freguesia de Bambuí ocorreu em outubro de 1884, para a composição da primeira Câmara de Vereadores do lugar; sua posse ocorreu em janeiro de 1885, ano da instalação do município de Bambuí, para a qual muito contribuiu Antônio José Torres. Uma das funções dessas câmaras municipais era escolher, entre seus pares, o Agente Administrativo, denominação que, na época, recebiam os Prefeitos.
De 1885 a 1930, Bambuy teve 15 Agentes Administrativos; dentre eles Antônio José Torres de 1892 a 1894 e Antero Torres de 1909 a 1912.
Antônio José Torres conquistou o título de Coronel da Guarda Nacional pelos serviços e ensinamentos prestados à cidade de Bambuí. A praça central da cidade recebeu da Câmara Municipal a denominação de Coronel Torres pelos benefícios que em vida prestou a sua terra e porque teve nas imediações da praça sua residência.
Antônio José Torres faleceu em 30 de junho de 1901 e descansa em paz no jazigo da família Torres.

Extraído do 1º volume do livro de Lucy Costa e Fernandes Pinto “Bambuí... Nossa Terra, Nossa Gente”.
“Capitão Joaquim Eliziário de Andrade Magalhães
Nascido em Bambuí, em 1835, onde residiu por vários anos, o Capitão Joaquim Eliziário de Andrade Magalhães (avô de Zizinha) morou durante algum tempo em Oliveira, mudando depois para Uberaba, onde faleceu em 17 de julho de 1891.
Homem de grande fortuna e de merecido conceito, ele foi com seu tio, Padre Protázio Rodrigues Chaves, um dos fundadores do município de Bambuí em 1885. Ao novo município o Capitão Joaquim Eliziário fez a doação do prédio, onde funcionava a senzala de sua fazenda, destinado ao funcionamento e serviço do Fórum, da Cadeia Publica e do Paço Municipal, doando outro prédio para a primeira escola. Ele herdou de seu pai as fazendas ‘Ajudas’ e ‘Retiro’, as melhores de Bambuí.
Casou-se em Oliveira com sua prima Dª. Maria Cândida de Andrade, filha do Capitão Joaquim José de Andrade e de Dª. Francisca Cândida de Paula, fazendeiros naquele município.
Deste casamento vieram os filhos José Antônio de Magalhães, Joaquim Eliziário de Magalhães, Coronel Teófilo José de Magalhães, Major Sebastião José de Magalhães (pai de Zizinha), Maria Rita de Magalhães, Maria Madalena de Magalhães, Eliziário Augusto de Magalhães, Mizael Magalhães, Maria Trindade de Magalhães, Ranulfo José de Magalhães e Lafaiete Cláudio de Magalhães.
Fazendeiro próspero de Bambuí, sua fazenda estava situada onde hoje se encontra o Estádio da AEB. Após a Abolição da Escravatura no Brasil, o Capitão Joaquim Eliziário de Andrade Magalhães doou ao Estado a senzala, local em que foi instalada a cadeia e a primeira escola do município.
Em reconhecimento à doação dos prédios ao município e prestando-lhe uma justa homenagem, a Câmera deu seu nome à rua onde estão localizados o campo da AEB e a Câmara Municipal, antigo prédio do Fórum e da Cadeia Pública.
Colaboradores: Sr. Lauro Magalhães e Familiares.”

“Algumas famílias representativas da cidade de Bambuí:
Do primeiro casamento de Sebastião José de Magalhães com Ana de Oliveira Magalhães nasceram os seguintes filhos: Ambrolino, Dolores, Maria (Zizinha Torres, esposa de Sinfrônio Torres), Nélson, Áurea, João Eliziário.
“Do segundo casamento de Sebastião José de Magalhães com Ana Chaves de Magalhães (Sinhaninha) nasceram os seguintes filho, irmãos de Zizinha: Djanira (Beijinha), Nieta, Maria Consuelo (Sinhá), Lauro, Áurea, Beatriz (Bete), Rui, Sônia (esposa de Hênner Torres)”.