No
início da matéria cabe uma nota da redação:[1]
Para
registrar as lembranças de sua vida, Ilo acolheu em sua casa os primos Benício,
Ivan e Lúcia, Edna e Maria Luiza da equipe de redação do Torresmo; seus filhos
Ana Maria e Mozart estavam presentes. A hospitalidade revelada no serviço do
lanche, na conversa, na escolha de fotografias para o jornal, a chegada do neto
para deixar a bisnetinha em companhia dos bisavós, o aconchego da família, o
cuidado dos filhos com os pais foram registros vivos de afeição e respeito;
hábitos que cultivados no trato familiar com irredutível firmeza, pelo velho
Antero, deitaram raízes no seio das famílias de sua descendência; aqueles
hábitos vicejavam ali no acolhedor ambiente da sala.
Ao
nosso decano, à sua companheira Alice e a toda a família as homenagens do
Torresmo.
Realizada
a transcrição e o preparo do texto construído na entrevista, a redação do
jornal encaminhou ao Paulo, filho do Ilo, o material composto, cabendo a ele
corrigi-lo, acrescentar informações e aprovar o texto final para publicação.
Coube também ao Paulo a identificação das fotografias selecionadas e a
atualização da árvore genealógica dos descendentes do Ilo.
Ilo e Alice comemorando suas bodas de ouro, em 2005 ou 2006 |
Ilo
nasceu em Bambuí, em 02 de dezembro de 1929. Com 84 anos é o terceiro[2] filho do Tio Lico e da Tia Anna; na época do seu
nascimento moravam na Catinga. Morou também em Tapiraí e no Rincão.
Seu pai era fazendeiro e chefe político local. Ainda hoje sua família preserva orgulhosa a memória daquele homem destemido e empreendedor, principal responsável pela emancipação política de Tapiraí.
Das muitas peripécias dessa infância na roça, duas recordações o marcaram: um passeio de barco com tia Dadá e tia Didi, no açude da Catinga em que a canoa virou; e ter salvado o Der de um afogamento num córrego, também, na Catinga.
Fez o curso primário em Bambuí, tendo uma carinhosa lembrança da D. Miquita, sua professora da 1ª à 4ª série. Muitos colegas de sua turma eram também seus primos.
Enquanto fazia o curso primário morava com seus tios Iracema e Rômulo. Continuou seus estudos no colégio Arquidiocesano de Ouro Preto onde já estudavam seus irmãos mais velhos Og e Tel. Nesse período se aproximou muito da tia Candinha, que tinha um gênio alegre, topava brincadeiras divertidas e jogava bola.
Foi para Belo-Horizonte aos 16 anos, morando primeiro com tia Luiza e depois no Jabaquara, apelido que se dava à casa de D. Quinha, mãe de seu amigo Múcio e de sua tia Alda.
Em Belo-Horizonte trabalhou como almoxarife na Lanari, que o transferiu para Pires do Rio/GO, onde conheceu sua companheira de toda vida, a linda e jovem professora Alice.
Era preciso levar sua noiva para conhecer sua terra e seus parentes. A lembrança dessa viagem provoca até hoje boas risadas. Alice, acompanhada da mãe, vai à Lagoa dos Monjolos conhecer tio Moge e tia Domicilia. Logo que passam a porteira, o irreverente tio sai de trás de uma moita, arrumando as calças e gritando: “Quase que vocês me pegam cagando!”, deixando noiva e sogra muito assustadas.
Para
o casamento[3]
na distante Pires do Rio, além de sua mãe (acompanhada do filho Euríalo – o
maninho)[4]
vão, os tios Totônio e Juracy, Iracema e Rômulo.
Depois de morar algum tempo em Pires do Rio, o casal muda-se para Belo-Horizonte, onde nasce sua filha primogênita, Ana Maria.
Tirada no casamento de Mozart e Marilda. São todos os filhos do Lico vivos então, a saber: Eurialo; Luli; Der; Anália; Vaz; um piolho atrás; Eva; Tel; Zélia; Zenóbia; Zenaide; Ilo. |
Deixando
a Lanari mudou-se para Curitiba e lá nasceram seus filhos Paulo e Mozart.
Durante os quatro anos que ficaram lá, Ilo trabalhou na Andrade Gutierrez.
Ao
voltar para Belo-Horizonte, associado ao Euríalo[5],
comprou um caminhão e com ele trabalhou até se aposentar.
Em
Belo-Horizonte nasceu Marcelo, o caçula da família.
Alice
continuou lecionando em Belo-Horizonte, onde se aposentou.
Por sua religiosidade, Ilo sempre assistiu como
voluntário a população carente do bairro. Participante da Sociedade São Vicente
de Paulo contribuiu em muitos projetos de moradia para os necessitados.
Descendentes
de Ilo e Alice:
Ana
Maria: casada com Altair. Filhos: Breno e Bernardo. Breno casou-se com Claudete
de onde nasceu Alice.
Paulo:
casado com Margareth. Fernanda e Felipe filhos da Margareth. Tivemos também Bárbara
(natimorta) e Sérgio, falecido com 5 meses. Mozart: casado com Marilda, sem
filhos.
Marcelo:
Com Márcia teve: Gabriel e Izabela.
Com Ângela teve: Erik
Com Conceição teve: Tamires e
Jorge.
Este
aí não nega ser neto do Lico, não é?
[1] Esse texto combina com o memorial do
tio Lico.
[2] Paulo, filho do Ilo, encaminhou à
redação do jornal a seguinte nota sobre o texto original preparado pela
redatora: “não sei se é o caso, mas os filhos do vovô com a vovó Anna eram: Eli
(natimorto), Og, Tel, Nor (falecido aos 9 anos), Ilo, Helena (viveu
aproximadamente um ano), Vaz, Der, Euríalo, Eva.”
[3] Segundo o Paulo, a data do casamento
foi primeiro de março: “Estamos sem saber o ano, se em 1955, segundo papai, ou
1956 segundo mamãe. Desculpa a ignorância da data, é que eu não estava lá.”
[4] Informação do Paulo: “o vovô não pode comparecer.”
[5]Informação
do Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário