terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Cantinho da memória: Uma grande homenagem a Inês Torres

                                                                       
Ivan Marcos Torres Barros
Lúcia Maria Gonçalves Souza Torres



Inês Torres nos anos 1940
Filha de Maria Guimarães Torres e de Antero Torres, nasceu em Bambuí em 21 de janeiro de 1928 e faleceu em Belo-Horizonte em 15 de maio de 2012, aos 84 anos.
Quando criança, sempre que podia estava sentada no aconchego do colo paterno. Ficou órfã muito cedo. Com apenas 9 anos perdeu seu querido paizinho.
Criança peralta gostava de subir em árvores e outras travessuras. Gastava também sua energia praticando esportes como o vôlei, que jogava mesmo de saia por não possuir roupas adequadas. 
A normalista Inês com sua classe
Cursou o primário em Bambuí e para continuar seus estudos foi preciso sair de sua terra, pois em Bambuí não havia curso secundário. Em Mariana/MG, interna em um colégio de freiras, concluiu seus estudos, recebendo o diploma de normalista em 1946. Depois de formada mudou-se para Belo-Horizonte, onde já moravam sua mãe e irmãos.Trabalhou na Prefeitura de Belo-Horizonte, primeiro como Professora e depois como Secretária de Gabinete.
A senhora do vestido verde

No Governo do Estado trabalhou no Palácio da Liberdade com José de Magalhães Pinto, quando Governador de Minas Gerais, inclusive durante a “revolução” de 1964, nos momentos de muita tensão no País. Ainda no Governo do Estado trabalhou na Corregedoria e na Secretaria de Administração, atual Secretaria de Planejamento, onde se aposentou.
O último amor de Inês
Casou-se em 1949 com Glênio Leite de Barros. Teve dois filhos: Antero e Ivan; três netos: Antero Ricardo, filho do Antero e da Vânia, Alessandra e Leandro, filhos do Ivan e da Lúcia e uma bisneta: Thaís, filha do Leandro e da Isabel Thaís.
Foi uma mulher de personalidade firme, de caráter, muito lutadora e sempre alegre, com visão à frente de seu tempo – para o futuro.









Querida Tia Inês,

Incumbiram-me os parentes, de dizer alguma coisa a respeito da Tia Inês.
Para os mais novos, Tia Inês era a penúltima filha do Vovô Antero, do casamento com a Vovó Maria.
Como o falecimento precoce do Vovô, Vó Maria se viu na contingência de criar sozinha os filhos que Deus lhe deu.
Procurando dar-lhes mais oportunidades mudou-se para Belo-Horizonte. Cada um começaria a caminhada com seus próprios pés.
Com a morte trágica do Tio Mozart, a Vovó precisou muito do apoio dos filhos e neste momento a Tia Inês foi essencial.
Paro então, em meio a este turbilhão de vozes e roncar de motores, para num instante de pura nostalgia render-lhe esta homenagem.
Na memória, histórias contadas a mim pelo meu velho pai, barba branca, fala eloqüente, discursando efusivamente sobre o Vovô Antero e sua prole.
E eu cabeça baixa, escutava e sorvia delícias dos seus feitos.
Cuidadoso, amoroso, preocupado com o futuro de cada um. E apesar da austeridade, traços de ternura e delicadeza tão comum aos nossos, que reconhecia em cada um dos meus tios.
É assim que ainda lhe vejo minha querida Tia Inês. Alegre, polêmica, destemida e acima de tudo legítima e justa herdeira dos ensinamentos do Vovô.
Dirigia sua vida à mercê do seu coração. Usava a força para enfrentar os obstáculos, a força do amor exigente.
Sabia quando algum problema lhe afligia a alma. Ligava cedo e dizia: - “Hoje preciso de você Anterinho! Problemas com o meu Anterinho”.
Mas minha Tia, hoje sou eu que preciso da sua ajuda.
Anterinho
Aí no céu coloque toda a nossa família no colo, cante pra eles, declame e os faça sorrir, porque aqui choramos de saudades e de tristeza pela ausência de todos vocês.
Ao Ivan, aos netos, bisneta e nora da Tia Inês o nosso carinho pelo apoio incansável durante a sua vida e a sua doença.
Deus abençoe a todos.
E a você Tia, uma homenagem atrasada há muitos anos.
              Seu querido sobrinho,

                                                              Anterinho

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